
Há quatro anos trabalhando na UPA de Sepetiba, e com passagens anteriores pela UPA Senador Camará e pelo Hospital Rocha Faria, Elaine conhece de perto a realidade da saúde. No entanto, em 2022, a luta pela vida se tornou pessoal.
“Em dezembro de 2022, durante o banho, eu senti um nódulo na mama esquerda,” relata Elaine. Coincidentemente, suas consultas anuais já estavam agendadas para aquele mês. “Fui na consulta e mostrei ao médico. Ele pediu uma mamografia e a ultrassonografia, que constataram um nódulo de um BR5, que indica alta suspeita de malignidade, com probabilidade superior a 95%.
O diagnóstico veio em seguida, após a biópsia: câncer de mama do tipo triplo negativo, uma forma considerada bem invasiva. A notícia, embora difícil, marcou o início de um intenso tratamento. Elaine enfrentou um protocolo rigoroso que incluiu 16 sessões de quimioterapia, 15 radioterapias, imunoterapia e, posteriormente, quimioterapia oral. Mas o que a manteve firme e com qualidade de vida foi sua inabalável rotina de exercícios físicos, praticando crossfit cinco vezes por semana, além de corrida e musculação.
O esforço e a dedicação de Elaine renderam frutos. Em janeiro de 2025, ela pôde retomar sua rotina de trabalho. “Eu já retornei ao trabalho e já estou seguindo a minha vida normal,” comemora e completa dizendo que sua história se transformou em uma poderosa mensagem de esperança para outras mulheres que recebem o diagnóstico. “Estou provando para o mundo que o câncer não é fim de linha, que existe vida e muita vida, muita vida mesmo, antes, durante e principalmente depois do câncer. Isso precisa ser dito. O câncer não é sentença de morte, a gente vai viver,” ressalta com convicção.
Elaine reconhece as dificuldades inerentes ao processo, mas insiste na força da esperança: “Não vão ser momentos tão simples, óbvio, mas é preciso continuar acreditando que vai dar tudo certo, que vai passar, e passa, de fato passa”
