Para a obstetra Manuela, o início precoce do pré-natal é fundamental para identificar riscos e prevenir complicações gestacionais (foto: Cícero Sydronio/RioSaúde)
Neste 28 de maio, quando se celebra o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, a RioSaúde reforça o compromisso com um cuidado cada vez mais humanizado, seguro e contínuo para gestantes e puérperas atendidas na rede pública.
A data tem como objetivo conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre a importância de ações que salvam vidas, destacando que a maioria das mortes maternas pode ser evitada com acesso à pré-natal de qualidade, parto seguro e acompanhamento adequado no pós-parto.
A prevenção começa cedo
O cuidado com a saúde da mulher deve começar cedo. O pré-natal, quando iniciado de forma precoce e realizado de maneira contínua, é essencial para identificar e tratar condições que podem colocar a gestação em risco, como hipertensão, diabetes gestacional, infecções e síndromes hemorrágicas.
“O início precoce do pré-natal é fundamental para identificar riscos e prevenir complicações gestacionais. Nesse momento, orientamos sobre hábitos saudáveis e tiramos dúvidas. É possível um acompanhamento mais preciso do desenvolvimento fetal, melhoria da adesão às orientações, detecção precoce e controle de riscos”, destaca a Manuela Marques, médica obstetra na Maternidade da Rocinha.
Durante a gestação, a mulher passa por uma série de exames que fazem parte das chamadas rotinas do primeiro, segundo e terceiro trimestres. São realizados exames laboratoriais de sangue — como hemograma, glicemia, sorologias, grupo sanguíneo e fator Rh —, e de urina, além de ultrassonografias para monitorar o crescimento e o bem-estar do bebê.
Exemplo desse cuidado é Antônia Alves da Silva, de 41 anos, que está na terceira gestação. Diabética, ela foi encaminhada pela clínica da família para acompanhamento na Maternidade da Rocinha. “Toda semana tenho consulta, estou muito feliz de ter vindo pra cá. Estou fazendo ultrassonografias. Eles estão me atendendo muito bem”, relata Antônia, que está com 31 semanas de gestação. A médica reforça que o atendimento humanizado tem um impacto profundo e positivo na gravidez, parto e pós parto, promovendo bons desfechos maternos e neonatais
Atenção especializada
A Prefeitura do Rio, em parceria com outros programas, também atua com ações voltadas para gestantes em situação de vulnerabilidade. Projetos como o Cegonha Carioca e o Gerando o Futuro oferecem acompanhamento especializado, apoio psicossocial e distribuição de kits de higiene, garantindo um atendimento mais igualitário e digno.
Jornalista: Erika Junger
