O movimento Setembro Amarelo existe desde 2014, quando surgiu por meio de uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!”.
O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo. De acordo com a última pesquisa realizada em 2019 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, com isso estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil por ano, ou seja, em média 38 pessoas tiram a própria vida por dia.
Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS. Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.
Setembro Amarelo 2022: a vida é a melhor escolha!
Todos devem atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.
É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar e ajudem quem está pensando em tirar a própria vida, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para ela e demonstrar empatia e, principalmente, levando-a ao médico psiquiatra, que saberá lidar com a situação de forma profissional, podendo salvar esse paciente.
Dados sobre suicídio
O suicídio é um importante problema de saúde pública. Segundo dados da OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, foi a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, culturas, classes sociais e idades.
As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres morrem devido ao suicídio.
Mundialmente, a taxa de suicídio está diminuindo em 36%. Mas na região das Américas esse percentual aumentou 17% no mesmo período (2000 a 2019).
Embora alguns países tenham colocado a prevenção do suicídio no topo de suas agendas, muitos ainda não estão comprometidos com o tema. Atualmente, apenas 38 possuem uma estratégia nacional de prevenção ao suicídio.