
Já é Carnaval e os Centros de Atenção Psicossocial geridos pela RioSaúde estiveram a pleno vapor durante este mês de fevereiro nos preparativos para a maior festa popular do país. As atividades foram realizadas junto às equipes de profissionais, estimulando a interação e confraternização entre os usuários.
De acordo com a facilitadora de saúde mental na Diretoria Executiva Assistencial (DEA) da RioSaúde, Maíra Matos, esses movimentos com os usuários são importantes para a promoção da saúde e da alegria, através de outras ferramentas e tecnologias de cuidado:
– A produção de arte e cultura, de objetos e adereços cria novas formas de fazer e de falar para os usuários da saúde mental, que não apenas as formas medicamentosas e tradicionais de cuidado. Sem contar que ocupar a rua como um cidadão de direito para brincar o Carnaval é também uma forma de inclusão – explicou.
Os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPSad) III Paulo da Portela, em Madureira, e o Raul Seixas, no Encantado, realizaram oficinas de ornamentação com os pacientes que, em clima descontraído e ao som de músicas carnavalescas, produziram enfeites para decorar as unidades.
O CAPSad Raul Seixas ainda colocou a mão na massa na oficina de geração de renda com a fabricação de sacolés que foram vendidos no famoso bloco “Loucura Suburbana”, que desfilou nesta quinta-feira (16/2), no Engenho de Dentro. E também participaram do bloco de saúde “SUS…Pirando”, na região do Grande Méier, distribuindo kits de redução de danos com cartão de visita da unidade, manteiga de cacau, piteira, absorvente (para as mulheres), além de camisinhas masculina e feminina.
Já nos Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) da Ilha do Governador e Mauricio de Sousa, em Botafogo, as atividades foram voltadas para a confecção de máscaras, com muita animação, papel colorido, tinta, purpurina, glitter e brilho.
Mas a animação não para por aí. O CAPS III Manoel de Barros, na Taquara, promoveu uma grande Festa de Carnaval, enquanto o CAPSi II Visconde de Sabugosa, em Ramos, organizou e colocou o bloco carnavalesco “Grito de Alegria” na rua.
E por falar em bloco… os CAPSis II Heitor Villa Lobos, em Madureira, e Maria Clara Machado, em Todos os Santos, realizaram em conjunto uma oficina de serigrafia para os pacientes e funcionários estamparem as blusas que foram usadas no “Loucura Suburbana”, o pioneiro entre os blocos da saúde mental no Rio e que, este ano, também comemorou o retorno ao convívio social com o fim das restrições impostas pela pandemia.
Jornalista: Juliana Romar