O Hospital Municipal Ronaldo Gazolla está recebendo a exposição “Narrativa de uma Beleza 2.0”, idealizada pela fotógrafa Sìmone Frãnsisco. A mostra ficará em cartaz até o dia 22 de novembro em celebração ao mês da Consciência Negra. Na abertura, dia 14/11, houve ainda uma mesa-redonda que debateu os impactos do racismo na saúde, suas implicações e a força da coletividade como instrumento de resistência e transformação social.
A exposição fotográfica, criada em 2017 por Frãnsisco, busca retratar a beleza negra sob uma perspectiva inovadora, rompendo com padrões convencionais. Dividida em três atos – Passado, Presente e Futuro –, a obra aborda diferentes expressões culturais por meio de um olhar criativo e contemporâneo.
Para Sìmone, expor sua arte em um hospital é transcender as paredes tradicionais de uma galeria. “É uma forma de tocar todas as pessoas que passam por aqui – pacientes, familiares e profissionais. Este espaço oferece um momento de pausa, em que a arte traz alívio e beleza para o cotidiano”, afirmou ela.
A abertura da exposição contou com a mesa-redonda “Ona ti Aye: do Passado ao Futuro”, moderada por Aiarlen Meneses, coordenador de Educação Permanente do Gazolla. O evento reuniu especialistas como Camilla Teixeira, analista em Gestão de Pessoas na Ensp/Fiocruz e idealizadora da Feira Preta; Jemina Prestes e Gilmara Santos, representantes do Ministério da Saúde no Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde; Anna Paulla, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro; e Sidineia Santos, advogada especializada em Direito e Educação.
Segundo Aiarlen, momentos como esse são importantes para ampliar a conscientização e fortalecer ações em prol da equidade. “Esse espaço de diálogo nos ajuda a refletir sobre os desafios e a construir caminhos concretos para mudanças estruturais”, destacou.
Ao levar a exposição “Narrativa de uma Beleza 2.0” para um ambiente hospitalar, o Gazolla reafirma seu compromisso com a valorização da diversidade. A iniciativa não apenas celebra a cultura negra, mas também promove reflexões e diálogos necessários, mostrando que a arte pode transformar o ambiente de saúde em um lugar mais acolhedor e inspirador.
Jornalista: Camila Machado