
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) João XXIII, Sepetiba e Paciência, geridas pela RioSaúde, participaram, nesta terça-feira (15/7), de uma reunião de prestação de contas no auditório do Hospital Municipal Pedro II. O encontro marcou mais uma edição das ações de accountability da empresa, evidenciando o compromisso com a transparência, a ética e a eficiência na gestão pública.
Durante a apresentação, foram expostos os principais dados do primeiro semestre de 2025, como volume de atendimentos, tempo de espera, perfil epidemiológico, notificações compulsórias, infraestrutura, recursos humanos e indicadores de desempenho. A partir dessa análise, serão traçadas estratégias personalizadas para cada unidade, com base em evidências concretas e na realidade de cada território.
“Estamos construindo uma cultura de responsabilidade, onde cada indicador serve para orientar melhorias concretas no dia a dia das unidades. A prestação de contas é uma ferramenta de transformação, que aproxima a gestão da realidade de quem está na ponta”, destacou o presidente da RioSaúde, Roberto Rangel.
Redução de tempo de espera e reforço na assistência
Entre os destaques, a UPA João XXIII conseguiu reduzir o tempo médio de espera de 36 minutos para 19 minutos em junho, com uma média mensal de 12 mil atendimentos. A gerente Priscila Mattos atribui esse resultado ao fortalecimento das equipes médicas e à adoção de estratégias como o monitoramento constante da fila de pacientes e a reorganização dos consultórios conforme a demanda.
“A equipe está totalmente integrada nessa lógica do tempo de espera. Reorganizamos os consultórios de acordo com a necessidade do momento e investimos em treinamentos mensais baseados nas fragilidades identificadas. Além disso, a reforma da unidade vai trazer melhorias estruturais importantes para pacientes e colaboradores”, afirmou.
A unidade ainda se destaca por iniciativas voltadas à acessibilidade, como a identificação de pacientes com TEA e uso de pulseiras para agravos específicos. Os indicadores priorizados incluem tempo de espera para classificação amarela e laranja, preenchimento do protocolo de AVC e notificações imediatas para regulação. Além disso, a equipe tem investido na consolidação de uma cultura de notificação de eventos adversos, com foco na melhoria dos processos.

Certificação e avanços estruturantes em Sepetiba
No primeiro semestre de 2025, a UPA Sepetiba zerou as vacâncias médicas, inclusive na pediatria — um marco para a unidade, que atende uma região com grandes desafios de mobilidade e vulnerabilidade social. A gestão também implantou estratégias de monitoramento para reduzir o tempo entre a classificação de risco e o atendimento médico.
“Entre as principais demandas estão os casos respiratórios, sobretudo em crianças. Atuamos de forma integrada com a rede para suprir essas carências e mantemos um acompanhamento contínuo de exames, tempo de permanência e resposta clínica. Recentemente, conquistamos o certificado do curso PALS (Suporte Avançado de Vida em Pediatria), com alto índice de aprovação entre nossos profissionais”, celebrou a gerente Mariana do Carmo.
A unidade também tem avançado na digitalização de processos com o uso de inteligência artificial, além de aprimorar os protocolos de atendimento a casos de violência e intoxicação, indicadores sensíveis no território.

Qualidade assistencial e escuta do usuário em Paciência
Com média de 14 mil atendimentos mensais e tempo médio de espera de 16 minutos, a UPA Paciência registrou avanços significativos na qualidade assistencial, com aumento nos elogios recebidos via 1746 e aprimoramento da escuta qualificada dos usuários. “A cada feedback, reavaliamos nossos fluxos. Implantamos o ‘Posso Ajudar’ na entrada da unidade e incentivamos o uso do totem e do QR Code para ampliar o diálogo com o cidadão”, explicou a gerente Tatiana Silva.
A unidade aposta em estratégias integradas e monitoramento contínuo dos processos para garantir resolutividade. De acordo com Tatiana, as rondas administrativas e clínicas têm sido fundamentais para a identificação precoce de falhas estruturais e para a otimização do fluxo assistencial. “Monitoramos desde a ocupação dos leitos até pequenos problemas de infraestrutura, buscando mais conforto e segurança para os usuários”, ressaltou.

Gestão com apoio técnico e padronização
O coordenador-geral de Enfermagem da RioSaúde, Marcos Aurélio Pinto, destacou o papel do suporte técnico contínuo para fortalecer as equipes nas unidades. “Trabalhamos diariamente com ações para aprimorar a infraestrutura, qualificar profissionais e projetar melhorias a partir dos dados coletados. Também estamos investindo em equipamentos estruturantes para reforçar os treinamentos e padronizar fluxos assistenciais.”
A RioSaúde segue comprometida com uma gestão baseada em evidências, voltada à melhoria contínua da assistência, à valorização dos profissionais e ao cuidado integral da população carioca.
Jornalista: Erika Junger
Foto: Cícero Sydronio