
O Complexo Municipal Hospitalar Rocha Faria recebeu, hoje (11/12), a certificação internacional Gold Status no tratamento e manejo do Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de morte no mundo. A “Certificação de Ouro”, concebida pela World Stroke Organization (WSO) e Angels Awards, atesta a excelência quanto à qualidade e eficiência no atendimento dos pacientes com AVC na fase aguda. Esta certificação coloca a unidade reconhecida a nível global em referência nesse tipo de procedimento.
A instituição se tornou a primeira unidade pública de urgência e emergência do município e também do estado do Rio de Janeiro a receber a qualificação Stroke Ready, em fevereiro deste ano, demonstrando o compromisso na qualidade de atendimento, seguindo os padrões internacionais de excelência no cuidado do AVC, além de manter o processo contínuo de melhoria, adotando novas práticas e tecnologias para beneficiar os pacientes.
– Ser reconhecida como uma unidade referência em atendimento de qualidade aos pacientes com AVC é um orgulho para o nosso hospital. Atingimos a excelência porque saímos da nossa zona de conforto e buscamos sempre avançar. Isso só foi possível porque contamos com uma equipe empenhada e comprometida em prestar um serviço público de saúde de muita qualidade – afirmou o diretor do complexo, Marcos Paulo Britto de Oliveira, ressaltando que entre janeiro e novembro deste ano, foram atendidos na unidade de emergência 967 pacientes com AVC.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Qualidade do Rocha Faria, Lucas Rodrigues, essa atual realidade de atendimento assegura a redução de sequelas, o tempo de permanência durante a internação e diminui as chances de desfechos desfavoráveis, como óbito.
– A implementação do Protocolo Unificado da Secretaria Municipal de Saúde transformou a unidade, estabelecendo um fluxo de atendimento específico para pacientes com AVC, que são identificados com uma pulseira roxa, garantindo agilidade no atendimento, na realização de exames e no diagnóstico. No tratamento desta doença, cada minuto importa, e essa eficiência no atendimento que a unidade oferece ao paciente é uma nova chance de vida – explicou.
A certificação foi emitida através de validação de variáveis clínicas coletadas e analisadas pelo Núcleo de Qualidade relacionada às práticas assistenciais do paciente com AVC, desde o atendimento inicial à internação e alta médica. Entre os principais dados coletados estão o tempo porta-atendimento (até 10 minutos), tempo porta-tomografia (até 25 minutos) e tempo porta-agulha (em até 60 minutos), que é até o início da administração do trombolítico.
Em uma simulação realística junto aos auditores, o processo de atendimento ao paciente foi de apenas 37 minutos, ou seja, de acordo com o protocolo implementado, com uma taxa de mortalidade de apenas 8,33%.
– Hoje, esta unidade é um modelo para outras de urgência da rede municipal de saúde. O próximo passo agora é elevar o patamar de excelência para Platinum Status, reduzindo o tempo porta-agulha e garantindo a manutenção do processo de atendimento ao AVC já implementado – explicou Andressa Santos, consultora científica da iniciativa Angels.
Jornalista: Juliana Romar