
Em homenagem ao mês da diversidade e orgulho, a RioSaúde promoveu na quarta-feira (28/6) um webinar sobre atendimento de saúde ao usuário LGBTQIAPN+, para destacar como funciona a assistência humanizada e os tipos de serviços oferecidos na rede pública de saúde voltados aos usuários dessa comunidade.
A live, transmitida no Instagram da RioSaúde, contou com a participação de representantes da Coordenadoria Executiva da Diversidade Sexual do Rio de Janeiro (CEDS-Rio), e teve a moderação da assessora da Qualidade da RioSaúde, Zorahyde Pires.
O presidente da RioSaúde, Roberto Rangel, reforçou a importância do tema e de órgãos públicos interagirem, firmarem parcerias e articularem ações conjuntas.
– Esse é um tema de muita relevância para a sociedade e necessário trazê-lo para discussão. Como uma empresa pública, a diversidade, inclusão e o atendimento humanizado a todos, incluindo, claro, os usuários LGBTQIAPN+, fazem parte da nossa cultura de integridade. A RioSaúde continuará buscando parcerias e iniciativas que promovam a inclusão dentro da empresa, refletindo também em uma sociedade mais inclusiva.
Durante a live foram abordados diversos temas como os estereótipos, preconceitos e discriminação enfrentados pela comunidade LGBTQIAPN+ e a importância de superar esses obstáculos; as tratativas e a importância na capacitação dos profissionais de saúde; o uso do artigo 1º da Lei nº 2.475, de 12 de setembro de 1996, que determina sanções às práticas discriminatórias a pessoas em virtude de sua orientação sexual; como recepcionar/atender corretamente um usuário trans ou não-binário e o respeito ao uso do Nome Social.
– O primeiro atendimento tem que ser mais acolhedor, já que é um momento de fragilidade. E o paciente LGBTQIAPN+ precisa ser reconhecido e identificado como quer ser chamado. Cabe ao profissional de saúde olhar e perceber a sua necessidade e entender aquele indivíduo como um ser único para o seu atendimento. Não é uma questão de aceitação e de impor dogmas, pois isso não cabe na gestão pública. É uma questão de respeito – destacou Carlos Tufevsson, coordenador executivo da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio (CEDS-Rio).
A psicóloga e assessora técnica da CEDS-Rio, Daniela Murta, reforçou a importância da atuação dos profissionais de saúde no atendimento a comunidade LGBTQIAPN+:
– É preciso cuidar de forma humanizada, ser ético, cultivar o respeito com aquela pessoa que está ali que, na maioria das vezes, passa por situações de violência de todas as formas. O profissional tem que ter uma escuta ativa e qualificada para se aproximar do usuário, ofertar o que está previsto na Política Nacional de Humanização e respeitar o que está na Carta dos Usuários do SUS, que é o direito ao reconhecimento, ao sigilo e à privacidade. A experiência em uma unidade de saúde não pode ser ainda mais traumática, tem que ser um lugar de dignidade, segurança e cuidado.
Na RioSaúde, durante o Programa de Integração, a todo colaborador admitido é apresentado não só a história da empresa, sua missão e importância dentro da rede municipal de saúde, mas, também, os valores e normas de conduta e ética, conforme o Código de Conduta e Integridade (https://riosaude.prefeitura.rio/wp-content/uploads/sites/66/2023/06/codigo-conduta-integridade-riosaude-2023.pdf).
Além disso, nas unidades são destacadas a importância de respeitar o uso do nome social, seja do profissional ou usuário, e garantida essa identificação no crachá funcional. O uso do nome social é regulamentado no município do Rio desde 2011.
Para dúvidas, reclamações, denúncias e elogios, o cidadão deve entrar em contato com a central de atendimento 1746, que funciona 24 horas. O acesso pode ser feito por meio do site (www.1746.rio), aplicativo ou telefone pelo número 1746.
Jornalista: Juliana Romar