RioSaúde no FSWK 2025: presidente fala no RHF e empresa tem mesa sobre gestão de emergência

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Publicado em 07/11/2025 - 10:11  |  Atualizado em 07/11/2025 - 10:12
O presidente da RioSaúde, Roberto Rangel, participou do painel “Superando Desafios e Garantindo o Acesso à Média Complexidade no Setor Público”, no Rio Health Fórum

Profissionais da RioSaúde se reuniram no segundo dia da FSWK 2025, para debater a implementação e o sucesso do sistema “Fast Track”, um método inovador no sistema de classificação de risco que visa otimizar o atendimento em unidades de pronto atendimento especialmente para pacientes de baixa complexidade (classificação verde).

A discussão, que destacou a complementaridade entre o Fast Track e a Classificação de Risco Verde, sublinhou que 50% dos pacientes que chegam às unidades são de baixa complexidade, um volume que a metodologia tem reduzido em cerca de 40%, liberando o fluxo para os casos mais graves e aumentando a produtividade.

A mediadora Marta Cortês, mestranda em gestão e tecnologia em espaços hospitalares e coordenadora de projetos especiais de saúde, reforçou o conceito central da metodologia. “É uma metodologia inovadora. Tudo o que tem padrão dá certo. Ele tem estratégias baseadas em evidências científicas, baseada no atendimento rápido, mas não superficial,” afirmou Cortês, enfatizando que o fast track é uma estratégia de valor com resultados mensurados.

 

 

O Centro de Emergência Regional (CER) da Barra, unidade gerida pela RioSaúde, serviu como estudo de caso no painel onde os resultados práticos da implementação foram apresentados. Verônica Cabral, coordenadora de enfermagem da unidade, destacou o papel crucial do enfermeiro na linha de frente e a necessidade de investimento em capacitação. “O enfermeiro tem muita autonomia na classificação de risco e é uma decisão que ele precisa ter com agilidade, que não é pressa. Passou da classificação verde, aquele paciente não faz parte do fast track,” explicou Cabral, acrescentando que após a implementação do sistema, a unidade triplicou o atendimento e aumentou significativamente a satisfação do paciente.

A perspectiva da liderança médica foi trazida por Paulo Roberto Moreira, diretor geral no CER Barra, que detalhou como a metodologia engajou os profissionais e transformou os números da unidade. A otimização do fluxo, segundo ele, permitiu que a equipe focasse no atendimento aos pacientes mais críticos. “No momento em que os médicos começam a participar de forma efetiva, eles veem os resultados. Um exemplo é passar de 30 atendimentos para 90 no mesmo período de tempo. Acabando com o fluxo verde, conseguimos dar mais atenção ao fluxo de atendimento de pacientes mais graves,” relatou Moreira.

O sucesso da iniciativa, contudo, passa por grandes desafios culturais e operacionais. A superintendente de enfermagem do CER Barra, Marcele Araújo, destacou a importância de manter a qualidade em meio à agilidade e de garantir a sinergia entre os colaboradores. “O ponto é entender que é um atendimento ágil, mas garantindo a qualidade do atendimento, melhorando a comunicação das equipes faz parte deste processo. Um desafio para o fast track é a comunicação efetiva entre as equipes, fortalecendo no dia a dia,” pontuou a superintendente.

Segundo Marta, o projeto é uma etapa contínua de aprimoramento. “Essa frente de trabalho com desafios que são porta de entrada de urgência e emergência nas unidades geridas pela RioSaúde. É uma mudança de cultura, vamos seguir avançando,” conclui.

Roberto Rangel participa de mesa no Rio Health Fórum

Ainda na parte da tarde, no Rio Health Forum (RHF), evento paralelo de iniciativa da FIS Week, o presidente da RioSaúde, Roberto Rangel, participou do painel “Superando Desafios e Garantindo o Acesso à Média Complexidade no Setor Público”. Ao lado do secretário estadual de Saúde do Paraná, Beto Preto; da presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas (Fhemig), Renata Dias; e do e ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde e presidente do Conselho do Rio Health Forum, Denizar Vianna, Rangel destacou o trabalho feito no Hospital Ronaldo Gazolla, que, após a inauguração do Super Centro Carioca de Cirurgia, conseguiu dar celeridade à fila por procedimentos cirúrgicos.

“Tivemos uma ampliação da estrutura, com mais salas de cirurgias, de equipes e de trabalho também, com três turnos, sete dias por semana. Manter uma operação dessas, a longo prazo, não é simples. Mas havia uma urgência”.

O desafio maior, segundo ele, foi operacionalizar essa logística. “Como fizemos? Todo o processo do paciente foi feito dentro da mesma unidade e em um curto espaço de tempo, evitando que ele retornasse para atenção primária. Isso encurta o processo e agiliza o andamento da fila”, explicou.

 

 

O secretário Beto Preto falou sobre a implantação do Programa Opera Paraná, onde o governo estadual paga 150% acima da tabela aos profissionais. Dessa forma, conseguiram dobrar o número de cirurgias eletivas em relação a 2019. “Avançamos também em cirurgias de alta complexidade, com investimento de R$ 1 bilhão em dois anos e meio”, complementa, citando que a participação federal no orçamento da Saúde caiu 20% nos últimos anos. Preto também falou da expansão dos serviços, com ampliação da oferta na atenção primária em consultas especializadas; e também da absorção de novas tecnologias, mas em velocidade menor do que a desejada, por meio do PET-Saúde.

Renata explicou que Minas Gerais apostou na teleconsultoria na atenção primária, por meio de parcerias com universidades do estado, possibilitando o acesso a médicos especialistas. “Temos o sistema e os profissionais. Com isso, conseguimos resolver 83% dos atendimentos já na atenção primária, com nível de satisfação de 90% dos usuários”, afirmou. Apenas, 17% são encaminhados para cirurgias eletivas, por meio do Programa Opera Mais.

Após a mesa, Roberto concedeu entrevista à Rádio BandNews, em estande que a emissora montou no evento. Roberto falou sobre inovação na saúde, apresentando o Centro Integrado de Monitoramento em Saúde do Hospital Ronaldo Gazolla.

 

 

O segundo dia foi marcado pela presença de especialistas em mesas e debates e, assim como no primeiro dia, grande procura do público ao estande da RioSaúde.

 

Texto: Marcelle Corrêa e Rodrigo Pereira

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