
Em homenagem ao Dia do Médico, a RioSaúde destaca a história de Vera Espírito Santo, 80 anos, que esteve internada no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla por 30 dias. Sua recuperação é um exemplo de como o acompanhamento médico especializado e o cuidado humanizado fazem toda a diferença.
Casada há 61 anos, a moradora de Inhaúma, mãe de três mulheres e com cinco netos, sempre se dedicou a família e foi na comemoração pelo seu aniversário que ela passou mal. Internada por cerca de um mês, Dona Vera chegou ao Gazolla vinda da UPA Engenho de Dentro com um quadro de saúde bastante delicado. Ela havia interrompido, por conta própria, o tratamento de hipertensão, e enfrentava problemas como pneumonia e anemia grave. Seu histórico incluía ainda condições crônicas como doença renal, um problema cardíaco e histórico de pólipos no intestino.

Para lidar com a complexidade do caso, Vera foi cuidada por uma verdadeira força-tarefa de profissionais. Ela foi acompanhada de perto por médicos de clínica geral, cardiologia, coloproctologia (especialistas em intestino), infectologista e nefrologista, recebendo ainda o suporte fundamental de uma equipe multidisciplinar, que incluía fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas. Esse trabalho conjunto foi crucial para a sua estabilização.
“O caso da dona Vera reforça a importância de olharmos para o paciente de forma completa. Ela precisou de uma série de exames e intervenções ao mesmo tempo, e nossa união fez a diferença”, comenta a clínica médica na unidade Marcelle Rocha Martinelli.
Durante a internação, a paciente passou por exames essenciais, como ultrassom, tomografias, endoscopia, e colonoscopia. Em um momento crítico, ela precisou de transfusão de sangue para se recuperar da anemia e ganhar forças para seguir com o tratamento. Um dos desafios enfrentados foi uma infecção urinária grave causada por uma bactéria resistente. Graças à agilidade da equipe, que identificou a infecção rapidamente, ela pôde receber antibióticos potentes e evitar complicações maiores no rim, que já era afetado pela pressão alta.
Um dos aspectos mais humanos do tratamento foi a forma como as decisões foram tomadas: sempre em conjunto com a paciente. Todas as escolhas importantes, desde a medicação até os procedimentos, foram discutidas com Dona Vera e sua família, colocando-a como corresponsável pelo seu próprio tratamento.
“O mais importante foi envolvê-la em todas as etapas do cuidado. Colocamos ela no centro das decisões, garantindo que ela se sentisse ouvida, compreendesse e tivesse mais chances de aderir ao plano de recuperação. O importante também é a alta referenciada à clínica da família de referência da paciente para dar continuidade ao cuidado”, destaca Martinelli.
Com a melhora e a estabilização de seu quadro, Dona Vera recebeu alta hospitalar com um plano de tratamento personalizado e bem definido. O plano garante que ela continue o acompanhamento ambulatorial com os especialistas em cardiologia, intestino e rins, e o mais importante: ela foi encaminhada de volta à sua Clínica da Família de referência. Este encaminhamento garante a continuidade e a coordenação do cuidado, promovendo o uso correto dos medicamentos e uma maior adesão ao tratamento a longo prazo.
A filha da paciente, Fátima Cristina do Espírito Santo, de 58 anos, expressou sua profunda gratidão e alívio pelo cuidado que a mãe recebeu da equipe médica. Ela destacou a qualidade do tratamento, a atenção dedicada e a forma acessível como os médicos se comunicavam, reforçando o impacto positivo na recuperação de Dona Vera.
“Agradeço muito aos médicos pelo carinho, bom atendimento e tratamento que deram à minha mãe, inclusive nas indicações e medicamentos. Eles foram sempre muito acessíveis para dar informações sobre a saúde dela. Minha mãe voltou muito melhor. Os médicos nos deram toda atenção possível”.