
Para chamar atenção para o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, na última quinta-feira (18/5), os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da RioSaúde participaram de um grande ato no Centro do Rio, para debater questões e conscientizar a sociedade sobre a saúde mental em defesa de métodos de tratamento mais humanizados. Outros CAPS da Prefeitura do Rio também marcaram presença no Largo da Carioca.
O evento reuniu profissionais de saúde, usuários dos serviços e familiares que exibiram cartazes com frases como “Loucura não se prende”, “Nenhum passo atrás, manicômio nunca mais”, “Liberdade é terapêutica”, “Para cuidar não precisa trancar”, “A loucura não tem de estar escondida”, entre outros. Apresentações musicais e do bloco carnavalesco Loucura Suburbana, além de exposição de trabalhos desenvolvidos nas oficinas oferecidas pelos CAPS e distribuição de botons antimanicomiais também fizeram parte das ações.
De acordo com Thayná Tapajós, assistente social da equipe multidisciplinar da Diretoria Executiva Assistencial (DEA) que supervisiona os CAPS geridos pelo RioSaúde, ao romper com o paradigma da exclusão e do estigma, a luta antimanicomial contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente sobre as questões relacionadas à saúde mental:
– A luta antimanicomial é essencial na promoção de tratamentos mais humanizados e baseados na liberdade das pessoas em sofrimento mental. Reconhecer a importância dessa luta é fundamental para promover a igualdade de direitos e oportunidades, garantindo a dignidade e a qualidade de vida. Por meio do acolhimento comunitário e do cuidado em liberdade, busca-se proporcionar a oportunidade dessas pessoas se manterem inseridas na sociedade, mantendo vínculos familiares e sociais.
Maio é o mês dedicado à luta antimanicomial e, além do ato, os CAPS promoveram diversas atividades culturais, de arte, esporte e lazer, como confecção de estandartes, faixas e bandeiras; musical; cinedebate; dia de beleza; oficina coletiva de serigrafia para confecção de camisas; além de torneio de futebol na Vila Olímpica do Encantado e rodas de conversa, com poesia, pintura, samba e ciranda. Também aconteceu um encontro na Praça Padre Júlio Groten, na Cidade de Deus, com exposição de cartazes, roda de samba e ação de redução de danos como estratégia de cuidado.
Essa é uma luta pela cidadania e a vida fora dos hospitais psiquiátricos para pessoas privadas de liberdade por anos. Nos últimos 28 anos, o município do Rio libertou dos manicômios mais de quatro mil pessoas.
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Jornalista: Juliana Romar